A tragédia despertou críticas de indignação por parte do irmão de Henry, Ítalo Fontoura Guimarães, que apontou a falta de recursos que impossibilitou a equipe de viajar de avião para o torneio. Em uma postagem nas redes sociais, Ítalo questionou: “Não tinham dinheiro para as passagens de avião, mas terão dinheiro para o transporte deles de volta, após estarem mortos. Vocês entendem a hipocrisia disso?”.
Os atletas do projeto conquistaram sete medalhas no Campeonato Brasileiro Unificado, representando o Clube Centro Português 1º de Dezembro na competição por equipes, que aconteceu na raia olímpica da USP, em São Paulo. As conquistas foram celebradas em uma publicação que mostrava um vídeo da premiação, embora não tenha identificado os atletas.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o acidente ocorreu quando uma carreta que transportava um contêiner perdeu os freios e colidiu na traseira da van onde estavam os integrantes do projeto. A van, que transportava dez pessoas, acabou sendo arrastada pelo caminhão e tombada.
Entre as vítimas, estava o técnico do projeto, Oguener Tissot, que coordenava as atividades desde 2015. O adolescente de 17 anos que sobreviveu ao acidente encontra-se em estado grave, enquanto o motorista da carreta teve apenas ferimentos leves. A comoção e solidariedade tomaram conta das redes sociais, com mensagens de apoio da Confederação Brasileira de Remo e de outras entidades envolvidas com o projeto.
A tragédia de Guaratuba lança luz sobre a precariedade do transporte de atletas amadores e evidencia a necessidade de medidas mais efetivas para garantir a segurança e o apoio financeiro às equipes que representam o país em competições esportivas. A morte de jovens talentos como Henry da Fontoura Guimarães é um lembrete doloroso das falhas do sistema e um apelo por mudanças urgentes.