A empresa Braskem, responsável pela mineração em Maceió, tomou a decisão de interromper temporariamente o preenchimento de uma mina na região após identificar um desnível superficial no solo em um ponto do canteiro de obras. Essa medida foi adotada como forma de prevenção, mesmo não havendo atividades microssísmicas atípicas na área, nem deslocamentos anormais ou tremores de terra registrados.
A mina em questão é a de número 27, localizada próxima ao Hospital Psiquiátrico José Lopes, no bairro do Mutange. Vale ressaltar que, em dezembro do ano passado, a mina 18, também situada na região, sofreu um colapso, o que gerou preocupações em relação à segurança das demais cavidades.
A Braskem comunicou oficialmente às autoridades sobre a situação e garantiu que avaliações técnicas e complementares serão realizadas para garantir a estabilidade da área afetada. É importante ressaltar que mesmo estando fora do raio de segurança da cavidade, a suspensão do preenchimento é justificada como uma medida preventiva.
O histórico de problemas causados pela mineração da Braskem em Maceió é alarmante. Considerado o maior desastre ambiental em área urbana do país, a atividade da empresa afetou cinco bairros da capital alagoana. Desde os primeiros tremores de terra registrados em 2018, com afundamento no solo e rachaduras em imóveis, cerca de 40 mil pessoas dos cinco bairros afetados precisaram ser realocadas.
Diante desse cenário, é fundamental que a empresa adote medidas rigorosas de monitoramento e segurança para prevenir novos incidentes e proteger a população local. A realização de avaliações técnicas constantes e o cumprimento rigoroso das normas de segurança são essenciais para evitar tragédias semelhantes à ocorrida com a mina 18 no ano passado.