Ataques criminosos impedem acesso de moradores da Muzema a ônibus na zona oeste do Rio de Janeiro, gerando caos e insegurança.

Os moradores da comunidade da Muzema, localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, enfrentaram mais um episódio de violência nesta segunda-feira (21), que resultou no impedimento do acesso aos ônibus que circulam na região. A área, atualmente dominada pelo Comando Vermelho, tem sido palco de confrontos entre milicianos e traficantes que disputam o controle do território.

De acordo com o sindicato Rio Ônibus, que representa as empresas de transporte, cerca de 190 ônibus foram impedidos de realizar suas rotas na comunidade devido ao sequestro de quatro veículos nesta segunda-feira. Esses ônibus foram utilizados como barricadas, o que prejudicou o fluxo de transporte na região. Além disso, tiros foram ouvidos pelos moradores desde a madrugada, com relatos de disparos registrados no Itanhangá por volta das 3h30.

A Polícia Militar informou que policiais do 31º BPM (Recreio) intensificaram a presença na região e que não houve registros de confrontos. Equipes do Bope (Batalhão de Operações Especiais) também continuam atuando na Muzema, onde, no domingo (20), dois homens foram presos por suspeita de associação ao tráfico.

O Rio Ônibus repudiou os atos criminosos e expressou preocupação com a recorrência desses episódios na região. Nos últimos 12 meses, já foram registrados 144 casos de ônibus sequestrados e utilizados como barricadas. O sindicato pediu providências por parte das autoridades e reforço na segurança da comunidade.

Diante da situação de insegurança, o Centro Municipal de Saúde Itanhangá precisou suspender o funcionamento, voltando à normalidade apenas no período da tarde. A Secretaria Municipal de Saúde destacou que os episódios de violência em diversas regiões da cidade resultaram em 894 registros de fechamento temporário de unidades de saúde ao longo do ano.

A população da Muzema segue sob alerta devido à instabilidade e aos conflitos entre milicianos e traficantes, que impactam diretamente na rotina e no bem-estar dos moradores. O poder público e as forças de segurança continuam atuando na região para garantir a segurança da população e tentar controlar a violência que assola a comunidade.

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