Realizada com 2.029 pessoas em 113 municípios, nos dias 7 e 8 de outubro, a pesquisa apontou que o percentual daqueles que veem os eventos climáticos extremos como um risco para as gerações futuras caiu de 43% para 32%. Além disso, 7% dos entrevistados consideram que as mudanças climáticas não representam nenhum risco, enquanto 2% não souberam responder.
A situação é ainda mais preocupante devido à pior estiagem em 75 anos que o Brasil enfrenta atualmente, de acordo com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais. Além disso, o aumento significativo no número de focos de incêndio em todo o país, que ultrapassaram 68 mil em agosto e mais de 83 mil em setembro, conforme dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, demonstram a gravidade do problema.
O governo do presidente Lula, que assumiu em seu terceiro mandato com a promessa de fortalecer a agenda ambiental, vem sendo alvo de críticas. Segundo a pesquisa, 40% dos brasileiros reprova a gestão do governo na área ambiental, enquanto 29% aprovam e 29% consideram regular. Esse cenário mostra a necessidade de medidas mais eficazes para lidar com as questões ambientais no país.
Com o Brasil se preparando para sediar a COP30 em 2025, a conferência da ONU sobre mudanças climáticas, a pressão para a adoção de políticas e ações concretas em relação ao meio ambiente se torna ainda mais evidente. Espera-se que o governo e a sociedade estejam mais atentos e engajados em encontrar soluções sustentáveis para enfrentar os desafios climáticos que estão cada vez mais presentes em nosso dia a dia.