Segundo informações, os funcionários do laboratório acusaram Anjos de ter dado ordens para economizar no controle de qualidade, o que culminou na falha operacional nos testes realizados. A própria coordenadora negou tais acusações, garantindo que a qualidade das análises estava mantida e que nunca havia ordenado cortes.
A investigação apontou que houve uma redução nos procedimentos de controle de qualidade aplicados nos testes, com o intuito de diminuir os custos. As amostras passaram a ser analisadas semanalmente, ao invés de diariamente, como era recomendado.
Além de Adriana Vargas dos Anjos, outros profissionais ligados ao laboratório PSC Saleme também foram alvos da operação. Ivanilson Fernandes dos Santos, Everaldo Medeiros Dias, Cleber de Oliveira Santos, Jacqueline Iris Bacellar de Assis e o ginecologista Walter Vieira, um dos sócios do laboratório, encontram-se detidos.
A Polícia Civil, por meio da Decon (Delegacia do Consumidor), realizou a segunda fase da Operação Verum para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão. A análise dos documentos e materiais apreendidos está em andamento, e um novo inquérito foi instaurado para investigar o processo de contratação da empresa.
Com o desdobramento das investigações, a Secretaria de Estado de Polícia Civil conta com o apoio do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, juntamente com a Controladoria-Geral do Estado, para esclarecer os fatos e responsabilidades relacionados aos falsos laudos emitidos pelo laboratório PCS Saleme.
