Aumento de apagões na região metropolitana de São Paulo preocupa consumidores e gera críticas à Enel.

Durante os oito primeiros meses deste ano, a região metropolitana de São Paulo enfrentou um aumento significativo na duração dos apagões. De acordo com dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a Enel, responsável pela distribuição de energia na região, registrou um aumento de 44% na duração dos apagões em áreas que atendem 3,3 milhões de consumidores. Por outro lado, houve uma melhora nos índices de duração das quedas de energia em 56% das regiões atendidas, abrangendo quase 4,4 milhões de consumidores.

Apesar dos números oficiais divulgados pela Aneel, é importante ressaltar que muitas interrupções de energia causadas por temporais não são consideradas na contagem, já que a agência não leva em conta falhas com menos de três minutos ou situações de emergência. Isso faz com que a realidade vivida pelos moradores seja ainda mais impactante do que os dados apresentados.

O centro da capital paulista foi uma das áreas mais afetadas, com um aumento significativo na duração dos apagões. No ano passado, os moradores enfrentaram o equivalente a 1 hora e 15 minutos sem luz, enquanto este ano o índice subiu para 14 horas e 31 minutos. A situação se agravou devido a uma sequência de apagões causados por uma escavação realizada pela Sabesp na região central, atingindo cabos da rede subterrânea da distribuidora.

Além da capital, outros municípios da região metropolitana também enfrentaram aumento na duração dos apagões. Em Cotia, o bairro Roselândia teve um aumento de 5 horas e 27 minutos na duração das quedas de energia. Já em Ribeirão Pires, a região passou por um aumento de 3 horas de apagão em relação ao ano anterior.

A Enel afirmou que tem realizado investimentos para melhorar a qualidade dos serviços prestados, prometendo sistemas mais modernos e automatizados, além da contratação de eletricistas próprios. Para os próximos anos, a empresa planeja investir cerca de R$ 6,2 bilhões na região, visando garantir um fornecimento de energia mais estável e eficiente para os consumidores.

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