A investigação conduzida pela Polícia Civil de Guarulhos concluiu em julho que houve um erro durante o embarque do animal, sem a indicação de qualquer indiciamento. O juiz Gilberto Azevedo de Moraes Costa, da 6ª Vara Criminal do Foro de Guarulhos, acatou o pedido do Ministério Público de São Paulo para o arquivamento do caso, alegando falta de elementos para denúncia de maus-tratos.
A promotora Adriana Regina de Santana Ludke argumentou que os funcionários cometeram um erro por imprudência e negligência, embalando o cão Joca na aeronave errada e não realizando as conferências necessárias. Ela destacou que não há evidências de que os trabalhadores tinham a intenção de maltratar o animal.
O advogado que representa o tutor de Joca, Marcello Primo Muccio, afirmou que ainda não foi notificado da decisão e que avaliará a possibilidade de recorrer. A Gol Linhas Aéreas declarou que colaborou com as autoridades e respeita a decisão judicial.
O caso de Joca chamou a atenção para a importância dos cuidados ao transportar animais em voos. O cachorro acabou indo parar em Fortaleza por engano, após ser despachado no voo errado. O tutor, ao perceber a situação, retornou a Guarulhos e encontrou o animal sem vida.
A Gol se manifestou na ocasião, lamentando a falha operacional que resultou na morte de Joca e oferecendo apoio ao tutor. A empresa afirmou estar prestando toda a assistência necessária e expressou pesar pela perda do animal de estimação. A controvérsia em torno do caso do cão Joca gerou debates sobre a segurança e responsabilidade no transporte de animais em companhias aéreas.