O secretário adjunto de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Júnior, informou que a entrada dos novos gestores foi acompanhada por uma visita técnica às áreas do hospital. O foco principal da inspeção foi verificar a qualidade da assistência prestada aos pacientes internados, garantindo a segurança, disponibilidade de insumos e a adequada escala de profissionais.
Enquanto a desocupação da sala de direção foi concluída de forma amena, um grupo de servidores do hospital e de outras unidades do Ministério da Saúde manteve um protesto na entrada do HSF. Após uma intervenção do Batalhão de Choque da PM, os manifestantes que se recusavam a sair voluntariamente foram retirados do local, resultando na detenção de uma das participantes.
A ocupação das dependências do hospital pelos manifestantes acontecia há alguns dias e estava relacionada à discordância sobre a mudança na gestão da unidade, que passaria do Ministério da Saúde para a estatal federal Grupo Conceição. Os servidores protestavam contra essa decisão, alegando que a entrada da nova gestão comprometeria a qualidade da saúde pública.
Com a chegada da nova administração, liderada pelo Grupo Conceição, espera-se uma melhoria na eficiência da gestão do hospital. O objetivo é colocar em funcionamento mais de 200 leitos em 90 dias, expandir a capacidade da UTI e reabrir o setor de emergência, fechado desde 2020. Além disso, foi lançado um edital de contratação emergencial de 2,2 mil profissionais de saúde e será realizado um levantamento para adquirir equipamentos e reabrir os serviços fechados.
Em uma entrevista, o diretor presidente do Grupo Conceição, Gilberto Barichello, destacou a importância de garantir a continuidade dos atendimentos no hospital e resolver questões como falta de equipamentos, medicamentos e insumos. A nova gestão assume com o compromisso de restabelecer a plena operação da unidade e proporcionar uma assistência de qualidade aos pacientes.