No entanto, o sistema eleitoral atual parece não dar o destaque necessário a essas questões. A distância entre vereadores, cidadãos e os territórios que habitamos é grande, o que levanta a necessidade do voto distrital.
O voto distrital consiste na divisão das cidades em distritos com populações semelhantes. Ao implantar esse sistema em São Paulo, por exemplo, teríamos uma representação mais equilibrada e próxima da realidade de cada região. Os candidatos disputariam as eleições dentro de seus distritos, o que reduziria significativamente o custo das campanhas e aproximaria os vereadores das demandas locais.
Além disso, o voto distrital permitiria um contato mais direto entre os vereadores e os moradores de cada bairro, possibilitando uma gestão mais eficiente e focada nas necessidades específicas de cada região. Países como a Alemanha já adotaram esse sistema e colheram bons resultados, baseando-se no princípio da subsidiariedade, onde o que puder ser decidido localmente deve ser evitado a interferência de instâncias superiores.
No entanto, é importante ressaltar que ainda há desafios a serem superados, como a regionalização excessiva de demandas e a inclusão de cidadãos não filiados a partidos na representação distrital. Porém, uma discussão ampla e democrática pode ajudar a encontrar soluções para essas questões.
Em conclusão, a implementação do voto distrital pode ser uma alternativa viável para tornar a representatividade política mais efetiva e próxima dos cidadãos, garantindo uma atuação mais eficiente e transparente dos vereadores em suas respectivas regiões. É um tema que merece ser debatido e avaliado com seriedade, visando aprimorar a democracia e fortalecer a participação popular nas decisões políticas do município.
