Prisão temporária de envolvidos em caso de transmissão de HIV é prorrogada por mais cinco dias pela Justiça do Rio

A prisão temporária do médico Walter Ferreira e de três funcionários do laboratório PCS Lab Saleme, envolvidos na infecção de seis transplantados com o vírus HIV, foi prorrogada por mais cinco dias pela Justiça do Rio. A decisão da juíza Aline Abreu Pessanha foi fundamentada na necessidade de garantir a continuidade das investigações sobre o caso, que chocou a população e causou repercussão negativa na vida das vítimas.

Segundo a magistrada, a prisão dos investigados é uma medida acauteladora essencial para possibilitar a apuração das condutas criminosas, que afetam a estrutura social e a tranquilidade da comunidade. A liberdade dos acusados representa um risco para as investigações, pois poderia prejudicar a oitiva das vítimas, a instrução criminal e a aplicação da lei penal. Além disso, é necessário identificar a dinâmica do delito, localizar outras vítimas e responsabilizar os demais envolvidos na empreitada criminosa.

A juíza ressaltou a gravidade do caso, que envolve a associação criminosa na elaboração de laudos médicos falsos que resultaram na transmissão do vírus HIV para pacientes receptores de órgãos. O impacto negativo na vida das vítimas e a potencial ameaça para a sociedade foram considerados como justificativas para a manutenção da prisão dos acusados em presídios estaduais.

A decisão também determina que os autos do processo sejam encaminhados ao Ministério Público para avaliação da possibilidade de oferecer denúncia contra os acusados, requerer a prorrogação do prazo de prisão ou adotar outras medidas judiciais cabíveis. Assim, a Justiça busca assegurar a responsabilização dos envolvidos e a proteção da sociedade diante de condutas criminosas tão graves.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo