A situação chamou a atenção da 1ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente da Capital, que solicitou uma vistoria urgente no local devido a suspeitas de supressão irregular de vegetação e demolições ilegais. A Tegra, por sua vez, nega qualquer movimentação de terra e alega ter todas as autorizações necessárias para a realização da obra.
A empresa emitiu uma nota à imprensa explicando que as vistorias estão sendo motivadas por denúncias infundadas de vizinhos que tentam atrapalhar o andamento das atividades. A Tegra ainda ressaltou que já registrou boletins de ocorrência e que continuará tomando medidas para lidar com a situação.
A Tegra critica a postura dos vizinhos, afirmando que o excesso de vistorias prejudica a população de São Paulo ao sobrecarregar os servidores públicos com inspeções desnecessárias. A incorporadora alega má-fé por parte dos denunciantes e tentativa de manipular a opinião pública para pressionar as autoridades.
A Prefeitura informou que os alvarás de Aprovação de Edificação Nova e de Demolição estão em fase de análise. A Tegra já havia iniciado a demolição de parte do terreno baseando-se no Código de Obras da cidade, que autoriza o início das obras após trinta dias do protocolo do pedido. Essa disputa entre os moradores e a incorporadora teve início quando a Tegra adquiriu o terreno da Inspetoria Salesiana de Nossa Senhora Auxiliadora por R$ 95 milhões.
Em agosto, moradores da região protestaram contra o loteamento e o corte de árvores do Bosque. A área vendida para a Tegra compreende o jardim aberto, com árvores que ultrapassam os 30 metros de altura, enquanto o prédio do seminário permanece sob posse dos salesianos.
A Tegra reafirma que respeita a legislação e segue o programa de compensação ambiental determinado pelos órgãos responsáveis. A empresa também enfatiza que possui alvará de execução para a construção de um stand de vendas, próxima etapa prevista no local.