Mercado financeiro em instabilidade: Dólar atinge maior valor desde agosto e Bolsa de Valores tem segunda queda consecutiva

Em um cenário de turbulência no mercado financeiro, o dólar teve um dia agitado, chegando a encostar em R$ 5,70 e atingindo o maior nível desde o início de agosto. A Bolsa de Valores também apresentou queda pelo segundo dia consecutivo, influenciada principalmente pelo recuo no preço do petróleo e pela expectativa de aumento da taxa de juros.

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (18) sendo vendido a R$ 5,698, com uma alta de R$ 0,039 (+0,68%). A cotação iniciou o dia em baixa, porém logo reverteu o movimento e passou a subir já na primeira hora de negociação, alcançando o valor máximo de R$ 5,70 por volta das 16h40.

Esse é o maior valor registrado desde o dia 5 de agosto, quando atingiu R$ 5,74. Em outubro, a moeda norte-americana acumula uma alta de R$ 0,25 (+4,61%) e no ano de 2024 já apresenta um aumento de 17,41%.

Já no mercado de ações, o índice Ibovespa da B3 fechou o dia aos 130.499 pontos, com uma queda de 0,22%. Mesmo apresentando uma subida de 0,71% durante a manhã, o indicador logo mudou de direção e entrou em terreno negativo, puxado principalmente pelo desempenho das petroleiras e papéis de empresas ligadas ao consumo, que foram influenciados pela queda do petróleo no mercado internacional e pelas expectativas de aumento da taxa de juros.

Os fatores do cenário doméstico se mostraram mais impactantes do que os fatores internacionais, com o dólar caindo em relação às principais moedas de países emergentes após a divulgação de que o crescimento econômico da China no terceiro trimestre superou levemente as expectativas.

Internamente, a desconfiança dos investidores em relação ao aumento de gastos federais foi um dos principais motivos que pressionaram o dólar e a bolsa. O governo enviou projetos ao Congresso, excluindo receitas próprias de estatais dependentes do Tesouro do Orçamento federal e destinando verbas para socorrer empresas do setor aéreo, o que gerou preocupação nos investidores.

Apesar das indicações do governo de um possível pacote de corte de gastos obrigatórios, os investidores permanecem cautelosos e aguardam mais informações após o segundo turno das eleições municipais, conforme declarado pela ministra do Planejamento, Simone Tebet, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

A volatilidade e instabilidade no mercado financeiro seguem sendo observadas de perto pelos investidores e especialistas, que monitoram atentamente o desenrolar dos acontecimentos econômicos e políticos que podem influenciar ainda mais a oscilação das cotações.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo