A decisão foi divulgada nesta quinta-feira e também determinou que o Ministério Público Eleitoral se manifeste e o Datafolha apresente sua defesa no processo. O juiz argumentou que a liminar solicitada pela campanha de Boulos seria muito drástica, e que a análise deve ser feita de forma contraditória, após a defesa do instituto e a manifestação do Ministério Público Eleitoral. Colombini ainda mencionou a possibilidade de necessidade de prova pericial.
A equipe de Boulos havia levantado questionamentos sobre a pesquisa realizada nos dias 8 e 9 de outubro, alegando que o Datafolha não havia informado todas as alterações realizadas fora do registro no TSE. A campanha destacou uma diferença de 11,5 pontos percentuais entre o resultado direto dos questionários e a divulgação pública, afirmando que isso não condizia com a realidade dos dados colhidos.
Entre os pontos questionados pela campanha estava o uso de ponderação pelo instituto em relação aos eleitores que haviam votado em Pablo Marçal (PRTB) no primeiro turno das eleições. Segundo a pesquisa contestada, a grande maioria dos eleitores de Marçal tendiam a votar em Nunes no segundo turno, enquanto Boulos ficou com uma porcentagem muito baixa desse eleitorado.
A pesquisa mais recente do Datafolha, divulgada na última quinta-feira, mostrou o prefeito Ricardo Nunes mantendo a liderança com 51% das intenções de voto, enquanto Guilherme Boulos se manteve com os mesmos 33% do levantamento anterior. A disputa eleitoral em São Paulo segue acirrada e com questionamentos em relação aos métodos de pesquisa utilizados.
