Os reajustes nas mensalidades não são inéditos, visto que em anos anteriores já foram observados aumentos significativos. Em 2023, o reajuste médio foi de 9,4%, e em 2022, de 10,9%. Segundo a consultoria, esses reajustes estão diretamente ligados à tentativa de recuperar as perdas ocorridas durante a pandemia, que resultaram na redução de alunos e no aumento da inadimplência.
Antônio Eugênio Cunha, presidente da Federação Nacional de Escolas Particulares (Fenep), ressaltou que os custos com a tecnologia educacional têm crescido consideravelmente, especialmente após a pandemia. Ele destaca que a tecnologia se tornou um dos maiores pesos entre os custos de investimento das escolas, citando exemplos de gastos com plataformas de controle de desempenho, material didático digital e equipamentos para laboratórios.
O relatório da pesquisa também aponta a importância de investir em tecnologia e se preparar para a utilização da inteligência artificial. Cunha destaca que o aumento na mensalidade não é imperceptível para as famílias, e ressalta a complexidade dos fatores que influenciam o reajuste, como custos com pessoal, despesas gerais e administrativas, investimentos e estimativas de matrículas.
Apesar do peso da tecnologia no custo das mensalidades, a pesquisa do Grupo Rabbit aponta que esse fator não é um dos principais diferenciais mencionados pelos gestores e professores das escolas. O acolhimento e o ensino forte foram apontados como os principais diferenciais, enquanto a tecnologia foi citada por poucos profissionais entrevistados. A transparência sobre o aumento nas mensalidades é fundamental, e as famílias podem buscar negociações de descontos junto às escolas, segundo o Procon.
