Durante um evento em São Paulo, Lula ressaltou a importância de ajudar aqueles que perderam bens devido ao apagão, como geladeiras e alimentos. Ele determinou ao ministro da Fazenda e à Casa Civil que trabalhassem na criação da linha de crédito, similar ao que foi feito para o Rio Grande do Sul após as enchentes ocorridas em maio deste ano.
O presidente destacou a necessidade de encontrar soluções para o problema, sem focar em atribuir culpados. Especialistas entrevistados pela Agência Brasil apontam falhas no modelo de privatização do setor de distribuição elétrica no Brasil, a falta de planejamento da Enel e da prefeitura de São Paulo como fatores determinantes para a demora na restauração da energia elétrica na capital paulista.
O apagão afetou cerca de 3,1 milhões de clientes, resultando em prejuízos significativos para o setor de hotéis, restaurantes e bares do estado. A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) solicitou ao governo de São Paulo uma prorrogação no prazo de pagamento de impostos para cerca de 250 mil estabelecimentos impactados pela falta de energia.
Estima-se que os prejuízos causados pelo apagão nos primeiros quatro dias ultrapassam os R$ 150 milhões, com os micro e pequenos empresários sendo os mais afetados. Além disso, as fortes chuvas e ventos que atingiram diversas cidades de São Paulo resultaram em sete mortes, de acordo com a Defesa Civil.
A criação da linha de crédito especial é uma medida importante para auxiliar na recuperação dos danos causados pelo apagão e minimizar os impactos para a população afetada. O governo federal segue acompanhando de perto a situação e trabalhando para garantir a rápida restauração da energia elétrica e a recuperação das áreas atingidas.