Este ano, o tema escolhido para o encontro é “Fortalecendo pontes”, com o objetivo de reunir cineastas, pensadores e o público em geral de diversas partes do mundo para compartilhar, questionar e reinventar histórias. O ator baiano Antônio Pitanga, um dos grandes nomes do Cinema Novo, será homenageado com a exibição do filme “Malês”.
Uma das grandes novidades da programação é a apresentação de filmes que destacam os povos indígenas, com foco especial no filósofo indígena Ailton Krenak, que compartilhará suas perspectivas sobre ancestralidade e lutas em comum. Além disso, o cineasta Joel Zito Araújo apresentará a série “Cadernos Negros” juntamente com o minicurso Cinema Africano Contemporâneo, buscando criar bases artísticas, estéticas e narrativas para projetos futuros.
O apoio da Fundação Ford e do Centro AfroCarioca de Cinema será crucial para o desenvolvimento do projeto, que contará com a exibição de cenas de filmes e entrevistas com renomados realizadores africanos da contemporaneidade. Mais de 400 filmes foram inscritos nesta edição, com 128 obras selecionadas para exibição, envolvendo cineastas brasileiros, africanos, caribenhos e de outras diásporas.
A diretora-presidente do Centro AfroCarioca de Cinema, Biza Vianna, destaca que a curadoria do encontro teve como foco temas como memória, ancestralidade, família, diversidade amorosa e questões LGBTQIAPN+, visando ampliar horizontes e aprofundar as narrativas que ligam passado, presente e futuro. O compromisso com o legado de Zózimo Bulbul, incansável defensor do cinema negro, continua sendo o norte do evento.
Numerosos convidados de honra marcarão presença, incluindo Cheick Oumar Sissoko, cineasta maliano reconhecido internacionalmente por sua habilidade única de combinar narrativa visual com questões políticas, sociais e culturais africanas. A curadoria do evento, liderada por Laza, contará com nomes expressivos do cinema negro, como Macario, Vania Lima, Dani Ornellas, Antonio Molina, Leila Xavier e Glenda Nicácio.
O Centro AfroCarioca de Cinema, criado por Zózimo Bulbul em 2007, tem sido crucial na promoção e valorização do cinema negro no Brasil e no mundo. O Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul tornou-se um marco na resistência e na promoção da cultura afro-brasileira, apresentando mais de 1500 obras de cineastas brasileiros, africanos e caribenhos ao longo de suas 17 edições. Um legado de resistência e luta que continua a inspirar e guiar as gerações futuras na busca pela justiça e reconhecimento.