Repórter São Paulo – SP – Brasil

Desinteresse político crescente e memória frágil marcam cenário do Brasil, aponta pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Cidades Sustentáveis, em parceria com o IPEC e divulgada recentemente, o afastamento da população brasileira em relação à vida política no país atinge números alarmantes. De acordo com o estudo, oito em cada dez pessoas afirmam não ter interesse em participar da política, o que representa um aumento de quatro pontos percentuais em comparação com dados de 2022. Esse distanciamento da população em relação aos assuntos políticos é preocupante, uma vez que a qualidade de vida coletiva está diretamente ligada às decisões tomadas no âmbito político.

A pesquisa também revelou que as principais demandas dos eleitores estão relacionadas à qualidade da saúde, educação, geração de empregos, redução da violência e das desigualdades sociais. No entanto, esses temas têm sido recorrentes ao longo do tempo, evidenciando a ineficácia dos políticos em apresentar soluções concretas para essas questões. Além disso, o estudo apontou que sete em cada dez pessoas não se lembram em quem votaram para deputado e senador nas últimas eleições, revelando a falta de acompanhamento da população em relação aos seus representantes políticos.

A pesquisa também abordou a confiança nas instituições, mostrando que a sociedade brasileira está descrente em relação aos órgãos de poder. A Presidência da República conta com a confiança de apenas 35% da população, enquanto deputados federais, senadores e ministros do STF têm apenas 20% de aprovação. Esse cenário de desconfiança e desinteresse na participação política contribui para a perpetuação do ciclo de insatisfação e frustração da população.

Diante desse panorama, é fundamental que os políticos criem espaços de participação efetiva da população, estimulando o debate e a elaboração de propostas que realmente levem em consideração as demandas da sociedade. Somente por meio de uma maior aproximação entre representantes políticos e eleitores será possível reverter o atual cenário de desinteresse e desconfiança na política, garantindo assim um futuro mais democrático e participativo para o país.

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