Mariana é uma verdadeira guerreira, que encontrou no karatê uma forma de se expressar e superar os desafios em sua vida. Desde os nove anos de idade, ela treina na academia de Karatê Kyokushin em Ribeirão Pires e agora é a única atleta competindo na categoria de inclusão nesse campeonato continental.
Apesar de enfrentar dificuldades na escola e lidar com o preconceito de colegas por conta de sua deficiência auditiva e de fala, Mariana não desistiu de seus sonhos e encontrou no esporte uma maneira de se destacar e mostrar sua força e determinação. Com o apoio da intérprete de Libras Márcia Aparecida, Mariana aprendeu a se comunicar e a desenvolver suas habilidades no karatê.
Sua vitória no Campeonato Brasileiro não apenas a tornou campeã nacional, mas também abriu portas para mostrar seu talento no âmbito internacional. A jovem atleta já está se preparando intensamente para o Sul-Americano, buscando aprimorar suas técnicas e condicionamento físico sob a supervisão de seu treinador, Diogo.
A presença de Mariana no Campeonato Sul-Americano é histórica e tem sido aplaudida por todos que acompanham sua jornada. Sua participação também gerou debates importantes sobre a inclusão de atletas com deficiência no esporte, levando federações e confederações a considerarem adaptações nas regras para garantir que todos os competidores tenham igualdade de condições.
Com uma mentalidade positiva e motivada por sua recente conquista no Brasil, Mariana entra na competição continental determinada a representar o seu país e a mostrar ao mundo que limitações físicas não são impedimento para o sucesso. Sua história de superação já inspira outros jovens atletas a acreditarem em seus potenciais e a não desistirem de seus sonhos, independentemente dos desafios que enfrentem.
A participação de Mariana no Campeonato Sul-Americano de Karatê é muito mais do que uma simples competição esportiva. É um exemplo vivo de que com dedicação, esforço e determinação, é possível superar qualquer obstáculo e alcançar grandes conquistas. E para ela, cada golpe no tatame é uma vitória não apenas pessoal, mas também um passo em direção a um mundo mais inclusivo e acolhedor para todos os atletas, com ou sem deficiência.