Todos os envolvidos no incidente aproveitaram a situação para responsabilizar a concessionária, mas especialistas ouvidos pela imprensa alertam que também há erros e responsabilidades por parte dos órgãos públicos nesse processo. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável por regular o setor, falhou em adotar medidas mais drásticas para fiscalizar a Enel SP e agilizar a religação da energia após eventos climáticos extremos.
A Arsesp, agência reguladora de serviços públicos do estado de São Paulo, também teve sua atuação questionada pelo não imediato comunicado à população sobre a insuficiência de recursos para fiscalizar a Enel. A prefeitura de São Paulo, por sua vez, não conseguiu coordenar ações eficientes com a concessionária para o manejo de árvores e podas que poderiam prevenir novos apagões.
O governo do estado de São Paulo, apesar de não ter ingerência regulatória sobre a distribuição de energia, tem a responsabilidade de sugerir medidas que possam ser ignoradas pelos demais entes. Já o MME – Ministério de Minas e Energia, deve estar informado sobre a atuação da Aneel e preparar o setor de energia para as mudanças climáticas.
A falta de coordenação entre os órgãos públicos e a concessionária Enel evidencia a necessidade de uma maior fiscalização e ações conjuntas para evitar novos incidentes no fornecimento de energia elétrica na região metropolitana de São Paulo. A população espera respostas e soluções concretas por parte dos responsáveis para evitar a repetição de problemas como o apagão causado pela tempestade.