Repórter São Paulo – SP – Brasil

STF analisa homologação do Plano Pena Justa para solucionar problemas nos presídios brasileiros em julgamento histórico.

O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta quinta-feira (17) a análise para homologar o Plano Pena Justa, formulado pelo governo federal com o intuito de enfrentar as questões presentes nos presídios do Brasil. O plano foi apresentado em setembro deste ano, em cumprimento a uma determinação do próprio Supremo, que exigiu a elaboração de um plano nacional para lidar com as problemáticas das unidades prisionais do país, como a superlotação e os conflitos entre facções. A determinação foi estabelecida em outubro de 2023.

Durante a sessão realizada nesta tarde, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, se posicionou a favor da homologação do plano. Barroso destacou que o Plano Pena Justa cumpre as exigências da decisão da Corte e serve como referência para outros planos elaborados por gestores públicos. O ministro ressaltou a importância do esforço conjunto entre União e estados na implementação do plano, enfatizando que o combate ao estado de inconstitucionalidade deve ser tratado como prioridade máxima pelas autoridades, diante das graves violações aos direitos fundamentais.

Após o voto de Barroso, o julgamento foi interrompido e a data para retomada ainda não foi definida. O Plano Pena Justa é estruturado em quatro eixos principais, envolvendo o controle de acesso e número de vagas no sistema prisional, a qualidade dos serviços oferecidos e da estrutura, a reintegração social dos detentos e medidas para evitar a repetição do estado de inconstitucionalidade apontado pelo STF. Além disso, o plano apresenta indicadores e metas a serem alcançadas nos anos de 2025, 2026 e 2027.

A decisão final do Supremo sobre a homologação do Plano Pena Justa é aguardada com expectativa, uma vez que o enfrentamento dos problemas carcerários é uma questão urgente e sensível no país.

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