Um dos momentos mais marcantes dessa minha fase de fervor juvenil foi quando meu pai, numa tentativa de me agradar, me levou para assistir a uma banda cover medíocre na região da Mooca. A decepção foi imensa e a frustração tomou conta de mim. O contraste entre a realidade e a idealização que eu tinha dos ídolos era evidente e doloroso.
É comum nos identificarmos tanto com artistas e bandas em determinadas fases da vida que a conexão emocional se torna quase palpável. Foi assim que me senti naquele momento, como se estivesse vivendo um sonho onde meus ídolos eram perfeitos e intocáveis, e a realidade me mostrava que até mesmo eles tinham suas versões menos brilhantes.
A experiência me ensinou que, mesmo diante das desilusões, o amor pela música e pelos ídolos permanece. E, apesar da banda cover não ter correspondido às minhas expectativas, o carinho e a paixão que eu nutria pelos New Kids on the Block continuaram intactos, mostrando que esse tipo de devoção transcende até mesmo as decepções mais dolorosas.