Os dados analisados abrangem a semana de 6 a 12 de outubro e são baseados nas informações contidas no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sive-Gripe). O boletim revela uma clara tendência de redução nos casos de SRAG em todo o país, tanto a longo prazo – considerando as últimas seis semanas – quanto a curto prazo, contemplando as últimas três semanas. Essa diminuição é atribuída à queda dos casos relacionados ao vírus SARS-CoV-2, responsável pela covid-19, e ao rinovírus, causador da maioria dos resfriados comuns.
Destaca-se que a incidência de SRAG por covid-19 tem impactado mais significativamente crianças pequenas e idosos, sendo que a taxa de mortalidade é mais elevada entre os idosos a partir de 65 anos de idade. No entanto, há algumas ressalvas: apenas os estados de Mato Grosso e Pernambuco apresentam crescimento nos casos de SRAG. Pernambuco, em particular, registra casos graves de rinovírus, especialmente entre crianças e adolescentes de 5 a 14 anos, além de um aumento nos casos de SRAG por covid-19 na população adulta e idosa.
Nos dados mais recentes, observa-se que 14% dos casos positivos de SRAG estão associados ao Influenza A, 8,3% ao Influenza B, 5,3% ao vírus sincicial respiratório, 32,1% ao rinovírus e 26,7% ao SARS-CoV-2 (covid-19). No total, neste ano, foram notificados 144.365 casos de SRAG, com aproximadamente metade desses casos (47,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.
Além disso, os números de óbitos por SRAG também foram significativos este ano, com 8.817 registros até o momento. Destes, 51,9% tiveram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, com destaque para o SARS-CoV-2, responsável por 52% dos óbitos confirmados.
Diante desses dados encorajadores, é possível vislumbrar um cenário de esperança e progresso no combate à pandemia, reforçando a importância das medidas de prevenção e controle para manter essa tendência de queda nos casos de covid-19.
