Transição energética: demanda por combustíveis fósseis atingirá pico, mas emissões de gases-estufa ainda não apresentam redução acentuada.

O cenário energético global está passando por grandes transformações, com a demanda por combustíveis fósseis atingindo o pico e o uso de fontes renováveis aumentando significativamente. No entanto, as emissões de gases de efeito estufa não apresentam uma redução acentuada, o que coloca o planeta em curso para um aquecimento de 2,4°C, muito acima da meta estabelecida no Acordo de Paris.

Um novo relatório da Agência Internacional de Energia revelou essas preocupantes conclusões, lançando luz sobre a situação do planeta diante das mudanças climáticas. Eventos climáticos extremos, intensificados pelas décadas de emissões elevadas, já estão impactando os sistemas energéticos em diversas partes do mundo, com ondas de calor, secas e tempestades cada vez mais severas.

Atualmente, o mundo está no limiar de uma nova era no mercado energético, com riscos geopolíticos contínuos e uma oferta abundante de combustíveis e tecnologias. O diretor executivo da AIE, Fatih Birol, destacou que essa perspectiva pode proporcionar alívio nos preços para os consumidores e uma oportunidade para revisar os mecanismos de apoio às fontes poluidoras.

O relatório também apontou um crescimento recorde nas fontes de energia de baixas emissões, com investimentos significativos sendo direcionados para energias limpas. No entanto, as projeções indicam que o mundo ainda não está totalmente alinhado com as metas climáticas estabelecidas, mesmo com o aumento da capacidade de energia renovável.

A China se destaca como um dos maiores impulsionadores da transição para energias renováveis, sendo responsável por grande parte da nova capacidade adicionada no mundo. No entanto, questões sobre a integração eficiente dessas fontes aos sistemas elétricos e os desafios de expansão das redes ainda persistem.

Diante desse panorama, é evidente a urgência de ações mais efetivas para promover a transição energética e combater as mudanças climáticas. O relatório da AIE reforça a importância de políticas governamentais e escolhas dos consumidores na construção de um futuro mais sustentável e na redução das emissões prejudiciais ao meio ambiente.

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