Senador questiona tratamento da Justiça aos invasores do Congresso e critica flexibilização da Lei da Ficha Limpa em pronunciamento no Senado.

O senador Cleitinho, do partido Republicanos de Minas Gerais, fez duras críticas à atuação da Justiça em relação aos envolvidos na invasão das sedes dos Três Poderes ocorrida em 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Durante seu pronunciamento na última terça-feira (15), o parlamentar questionou a disparidade no tratamento dado aos manifestantes em comparação com outros criminosos. Para Cleitinho, o Supremo Tribunal Federal (STF) está agindo de forma injusta, tratando essas pessoas como bandidos, enquanto criminosos condenados estão sendo beneficiados com liberdade condicional.

O parlamentar mencionou especificamente casos recentes em que criminosos foram beneficiados pela Justiça, como a transferência de um braço-direito de Marcola para o regime semiaberto e a anulação da condenação de um traficante. Cleitinho ressaltou que enquanto esses criminosos são beneficiados com decisões judiciais favoráveis, manifestantes pacíficos que estavam presentes na invasão estão sendo duramente punidos, o que considera uma injustiça gritante.

Além disso, Cleitinho também criticou um projeto de lei da Câmara dos Deputados, o PLP 192/2023, que flexibiliza as regras de inelegibilidade. O senador argumentou que as regras de inelegibilidade deveriam ser ainda mais restritas, mencionando políticos como Sérgio Cabral, Eduardo Cunha e Pezão, os quais, em sua opinião, não deveriam mais poder se candidatar a cargos públicos devido aos atos ilícitos que cometeram.

Para o senador, a situação atual representa uma grande injustiça e enfraquece a democracia. Cleitinho se posicionou a favor de uma maior restrição para políticos que tenham cometido graves crimes, alegando que a sociedade merece candidatos mais íntegros e comprometidos com o bem comum. Suas críticas refletem a preocupação com a impunidade e a falta de responsabilização de figuras públicas envolvidas em práticas condenáveis.

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