O Centro de Produção da Uerj (Cepuerj), responsável pelo processo seletivo, decidiu anular todas as provas em decorrência do incidente, considerando que o mesmo desrespeitou o princípio de isonomia. Uma nova data para a realização do exame foi agendada para o dia oito de dezembro. Em comunicado oficial, o Cepuerj afirmou repudiar qualquer forma de discriminação racial e informou que os fiscais envolvidos no episódio foram imediatamente afastados do local de prova e retirados permanentemente de suas funções de fiscalização.
Em nota emitida pela Faculdade de Serviço Social, a direção enfatizou que o preconceito racial é uma barreira social presente no cotidiano de pessoas negras em diversas situações, e que combatê-lo requer medidas institucionais firmes e alinhadas com a missão da universidade. A instituição se comprometeu a acolher as pessoas afetadas, disponibilizar recursos legais e implementar estratégias para evitar que situações semelhantes ocorram no futuro.
Esse episódio traz à tona a importância de se discutir e combater o racismo estrutural que ainda persiste em nossa sociedade. Ações como essa evidenciam a necessidade de medidas efetivas para promover a igualdade racial e garantir que todos os cidadãos sejam tratados com respeito e dignidade, independentemente de sua cor de pele. A universidade, enquanto espaço de formação e reflexão, deve estar na vanguarda do combate ao racismo, promovendo a diversidade e a inclusão em todos os seus âmbitos.