Promotores denunciam dois policiais por fraude e extorsão durante abordagem em Caieiras, na Grande São Paulo, cobranças eram feitas via WhatsApp.

A Promotoria de Justiça Militar do Estado de São Paulo tomou uma atitude decisiva ao denunciar dois policiais militares por fraude processual e concussão durante uma abordagem policial ocorrida em setembro deste ano na cidade de Caieiras, no estado de São Paulo. Segundo a promotoria, os policiais estariam envolvidos em práticas ilícitas, utilizando o WhatsApp para efetuar cobranças durante a abordagem.

O incidente se deu quando os agentes alegaram ter abordado um veículo ligado a uma ocorrência de estelionato, usando essa justificativa para intimidar o condutor do carro. Durante a ação, os policiais desligaram suas câmeras corporais, que ficam acopladas aos uniformes, com o intuito de prejudicar a investigação e induzir o julgador ao erro, conforme descrito na denúncia.

Segundo informações reveladas pela promotoria, os policiais se apropriaram de bens do abordado, incluindo um relógio de luxo avaliado em R$ 5 mil que estava no pulso do motorista, além de R$ 1.600 em espécie encontrados em sua mochila. Um dos agentes teria chegado a exigir a quantia de R$ 20 mil para liberar o homem, após acessar suas conversas e aplicativos bancários, o que foi negado pela vítima.

A situação se agravou quando os PMs passaram a enviar mensagens ao homem via WhatsApp, exigindo propina e se aproximando de sua residência. A conduta dos policiais, de acordo com a denúncia, feriu não só a ética e integridade da corporação, mas também a confiança da população na atuação das forças de segurança.

Esse caso reforça a importância da transparência e correção nas ações policiais, bem como a necessidade de punir condutas indevidas que manchem a imagem da instituição. A denúncia dos promotores demonstra um passo importante na busca pela justiça e pela responsabilização daqueles que abusam de sua autoridade em detrimento da sociedade.

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