Durante a cerimônia realizada no Palácio do Planalto, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, detalhou que os pequenos e médios produtores terão a oportunidade de assinar contratos de opção com o governo federal, estabelecendo um preço pré-determinado para a compra da produção. Esses contratos visam impulsionar a produção de arroz em até 500 mil toneladas, auxiliando no enfrentamento das perdas das safras de 2023 e 2024 devido a condições climáticas desfavoráveis na Região Sul.
O Programa Arroz da Gente integra o Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planaab), intitulado Alimento no Prato, e surge após o fracasso de um leilão para a compra de arroz importado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O objetivo do programa é garantir o abastecimento e estabilizar os preços do produto no mercado interno, que sofreram um aumento médio de 14%, chegando em certas localidades a 100%, após as enchentes no Rio Grande do Sul.
Além disso, o presidente Lula reforçou o compromisso de retirar o Brasil novamente do Mapa da Fome até 2026. Ele frisou a importância do combate à fome como uma escolha política dos governantes e anunciou a participação do Brasil na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na Cúpula de Líderes do G20.
Outras ações anunciadas pelo governo incluem a implementação de novas centrais de abastecimento por todo o país, o estímulo à produção orgânica e agroecológica, e a destinação de recursos para a substituição de agrotóxicos por bioinsumos. O Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), com 197 iniciativas envolvendo 14 ministérios, visa fortalecer as cadeias produtivas sustentáveis e promover a inclusão de diversos grupos na agricultura familiar.
Em meio a essas ações, a agenda do governo também celebrou o Dia Mundial da Alimentação, ressaltando a importância da segurança alimentar e nutricional para o bem-estar da população e o desenvolvimento sustentável do país.