O caso também envolveu a prisão de um dos sócios do laboratório, Walter Vieira, e um técnico da empresa, na segunda-feira (14), e está sendo mantido sob sigilo. De acordo com informações do próprio laboratório, Jaqueline teria apresentado documentação falsa para induzir a empresa a acreditar que ela tinha competência para assinar os laudos.
Os laudos errados para HIV assinados pelo laboratório resultaram na infecção de seis pacientes que receberam órgãos transplantados. A defesa de Jaqueline argumenta que ela é registrada junto ao Conselho Federal de Farmácia e nunca atuou como biomédica, tampouco possuía competência para assinar os laudos em questão. Alega-se ainda que a documentação apresentada no momento de sua admissão era autêntica e que qualquer mensagem de texto contendo o diploma de biomédica é falsa.
O PCS Lab Saleme foi interditado pela Vigilância Sanitária, com orientação da Anvisa, após a confirmação dos casos de infecção, e novos exames pré-transplante estão sendo realizados no Hemorio. O caso foi considerado grave pela Secretaria de Estado de Saúde e Ministério da Saúde, dada a gravidade das consequências causadas pela manipulação dos laudos. A investigação policial em andamento visa apurar a responsabilidade dos envolvidos, garantindo a segurança dos procedimentos de transplante no estado do Rio de Janeiro.