Segundo pesquisadores em educação, o uso excessivo de celulares em sala de aula é um dos maiores obstáculos para melhorar a qualidade do ensino. No entanto, alertam que é fundamental oferecer condições e capacitação aos docentes para lidar com essa realidade. O professor Gilberto Lacerda dos Santos, da Universidade de Brasília (UnB), enfatiza a importância da formação continuada e da valorização dos professores para garantir uma integração eficaz das tecnologias no ambiente escolar.
Lacerda dos Santos, que também realiza pesquisas em Paris sobre tecnologias educativas, destaca que os desafios enfrentados no Brasil em relação ao uso de tecnologia em sala de aula são semelhantes aos enfrentados na Europa. Ele ressalta que os professores desempenham um papel fundamental na formação dos cidadãos e que é necessário investir em políticas públicas que promovam a capacitação docente.
Por outro lado, o pesquisador Fábio Campos, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, alerta para os riscos da presença excessiva de celulares na sala de aula, destacando os problemas de saúde mental que podem surgir, como ansiedade e depressão. Campos defende a necessidade de se debater e aprimorar práticas relacionadas ao uso de tecnologia na educação, ressaltando a importância de uma política nacional nesse sentido.
Diante desse cenário, é crucial que as escolas e os professores busquem estratégias para promover uma convivência saudável com a tecnologia em sala de aula, visando aprimorar a qualidade do ensino e o bem-estar dos estudantes. A educação precisa se adaptar aos desafios do mundo contemporâneo, integrando as inovações tecnológicas de forma consciente e eficaz.