Repórter São Paulo – SP – Brasil

MPI indica cinco representantes para a mesa de conciliação sobre o marco temporal com o STF após saída do movimento indígena.

O Ministério dos Povos Indígenas (MPI) anunciou, na última segunda-feira (14), a indicação de cinco representantes para a mesa de conciliação sobre o marco temporal com o Supremo Tribunal Federal (STF). Isso ocorreu após a saída do movimento indígena das negociações, liderado pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil) em agosto.

A decisão do STF em prosseguir com a mesa de conciliação, mesmo após a retirada dos grupos indígenas, foi tomada pelo ministro Gilmar Mendes. O MPI atendeu à solicitação e indicou representantes especialistas e conhecedores de suas regiões para compor a Comissão Especial, respeitando a importância do espaço conquistado pelo movimento indígena.

No entanto, a Apib emitiu uma nota lamentando a decisão do ministério e reiterando sua saída da mesa de conciliação, destacando a falta de condições mínimas e justas para sua participação. Além disso, outras organizações indígenas, como o Conselho Indígena de Roraima, também se manifestaram contrariamente às indicações da pasta, alegando que os indicados são servidores dos órgãos governamentais e não representam o movimento indígena.

Os representantes indicados pelo MPI para compor a Comissão Especial são Weibe Tapeba, Eunice Kerexu Yxapyry, Douglas Krenak, Pierlangela Nascimento da Cunha e Eliel Benites, cada um representando uma região do Brasil. Todos possuem experiência e conhecimento sobre questões indígenas em seus respectivos locais.

Apesar das divergências e críticas em relação às indicações, a mesa de conciliação seguirá com os novos representantes. A decisão do STF de manter a negociação em andamento, mesmo diante da saída do movimento indígena, mostra a importância atribuída à busca de um consenso sobre o marco temporal. Resta aguardar os desdobramentos dessas novas indicações e como elas afetarão o futuro das negociações entre os povos indígenas e o governo.

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