A decisão do STF em prosseguir com a mesa de conciliação, mesmo após a retirada dos grupos indígenas, foi tomada pelo ministro Gilmar Mendes. O MPI atendeu à solicitação e indicou representantes especialistas e conhecedores de suas regiões para compor a Comissão Especial, respeitando a importância do espaço conquistado pelo movimento indígena.
No entanto, a Apib emitiu uma nota lamentando a decisão do ministério e reiterando sua saída da mesa de conciliação, destacando a falta de condições mínimas e justas para sua participação. Além disso, outras organizações indígenas, como o Conselho Indígena de Roraima, também se manifestaram contrariamente às indicações da pasta, alegando que os indicados são servidores dos órgãos governamentais e não representam o movimento indígena.
Os representantes indicados pelo MPI para compor a Comissão Especial são Weibe Tapeba, Eunice Kerexu Yxapyry, Douglas Krenak, Pierlangela Nascimento da Cunha e Eliel Benites, cada um representando uma região do Brasil. Todos possuem experiência e conhecimento sobre questões indígenas em seus respectivos locais.
Apesar das divergências e críticas em relação às indicações, a mesa de conciliação seguirá com os novos representantes. A decisão do STF de manter a negociação em andamento, mesmo diante da saída do movimento indígena, mostra a importância atribuída à busca de um consenso sobre o marco temporal. Resta aguardar os desdobramentos dessas novas indicações e como elas afetarão o futuro das negociações entre os povos indígenas e o governo.