De acordo com informações divulgadas pela própria Enel, 340 mil imóveis ainda estavam sem luz na noite de segunda-feira, representando 16% do total afetado. Em 2023, após o mesmo período, 100 mil imóveis estavam sem energia, o que equivalia a 5% do total, demonstrando uma diferença significativa na proporção de consumidores afetados após três dias.
As autoridades, como a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), apontaram a lentidão da Enel em mobilizar os agentes necessários para restabelecer o serviço. O plano de contingência da empresa previa 2.500 agentes em campo, porém o número inicialmente não foi alcançado, o que contribuiu para a demora na resolução do problema.
Diante das críticas e pressão do governo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou que o total de técnicos envolvidos na operação seja de 2.900, incluindo equipes de outras concessionárias. A comparação com o apagão de 2023, que ocorreu após um temporal que causou ventos de até 103,7 km/h, destaca a diferença no tempo de resposta da Enel desta vez.
A empresa informou que, do total de imóveis afetados, 35,7% tiveram o problema resolvido ao fim do primeiro dia após o temporal e, após 48 horas, esse número subiu para 63%. O presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, afirmou que haverá investimentos para aprimorar os sistemas de previsão meteorológica, visando evitar surpresas como a magnitude do temporal que ocorreu. Tanto a empresa quanto as agências reguladoras reconheceram que a intensidade do temporal impactou na resposta e na resolução dos problemas com a energia elétrica.