O processo administrativo que resultou na expulsão da estudante aconteceu entre agosto e setembro e envolveu o depoimento de todas as partes e a coleta de provas. Questionado sobre o caso, o Insper confirmou o ocorrido, mas preferiu não divulgar detalhes. A instituição afirmou que a apuração seguiu os procedimentos internos com seriedade e agilidade, visando manter a dignidade e preservação de todos os envolvidos.
Diante da repercussão do caso, o Insper destacou em nota sua posição de intolerância a qualquer forma de preconceito, reiterando seu compromisso com os valores e os direitos humanos. O centro de ensino reforçou a importância de promover um ambiente seguro, respeitoso e inclusivo, enfatizando a necessidade de práticas antiassédio no cotidiano acadêmico.
Após a expulsão da estudante, que posteriormente obteve uma liminar para retornar às aulas, a comunidade acadêmica do Insper se dividiu. Alguns demonstraram revolta com a situação, enquanto outros, principalmente os alunos negros, preferiram não comentar o assunto com receio de retaliações. Vale ressaltar que a presença de alunos negros ou pardos no Insper é reduzida, sendo minoria inclusive entre os bolsistas.
A universidade possui uma comissão de diversidade, igualdade e inclusão, responsável por acolher minorias e promover ações que visam a equidade. Após o episódio de injúria racial, os membros da comissão intensificaram seus esforços para acolher a vítima e disponibilizaram suporte psicológico. Além disso, os estudantes iniciaram uma campanha interna com a frase “Não existe espaço para racismo no Insper”.
Por fim, o Insper ressaltou em nota a importância de treinamentos e iniciativas voltadas para a promoção da diversidade, equidade e inclusão na instituição. O centro acadêmico reafirmou seu compromisso em criar um ambiente cada vez mais inclusivo e diverso, destacando a existência de uma Área de Diversidade, Equidade e Inclusão e um Programa de Bolsas para alunos de baixa renda.