Marques, à frente de uma das investigações sobre o tema no Ministério Público, revelou que a Prefeitura de São Paulo constituiu um grupo há cerca de dois anos e meio para estudar a viabilidade do enterramento de fios na capital. O grupo, liderado pela Procuradoria Geral do Município, conta com a participação de diversas secretarias, órgãos municipais e o próprio Ministério Público.
Segundo o promotor, os estudos indicam que é possível realizar o enterramento de fios em São Paulo, apesar do custo considerável envolvido. O modelo proposto para a cidade difere das grandes galerias subterrâneas encontradas em metrópoles como Londres, Paris e Nova York, sendo mais específico para o contexto paulistano, focando nos fios de telecomunicação e energia elétrica.
Apesar da Prefeitura já possuir experiência com o enterramento de fios, especialmente na Avenida Santo Amaro, as questões de telecomunicações e energia elétrica são de responsabilidade federal. Marques ressaltou que a União legisla sobre essas matérias, detendo o monopólio da energia elétrica e das telecomunicações.
O promotor enfatizou a existência de informações concretas sobre os custos do serviço em São Paulo e a disponibilidade de tecnologia para sua execução. Para que projetos como o enterramento de cabos possam sair do papel e beneficiar a população, é necessária uma maior articulação entre os diferentes níveis de governo.