Os danos na alta tensão foram solucionados no sábado (12), porém, os reparos na baixa e média tensão estão mais complexos e dispersos pela área de concessão, o que pode demandar mais tempo para o restabelecimento total da energia elétrica. A concessionária relatou que 17 linhas de alta-tensão foram afetadas, levando ao desligamento de 11 subestações.
O problema tem sido resolvido de forma gradual, mas centenas de milhares de clientes ainda estão sem energia em seus domicílios. A Enel não deu prazo para a normalização total do serviço. Durante a tempestade, rajadas de ventos atingiram 107 km/h, causando danos em trechos inteiros da rede elétrica na capital e região metropolitana.
Além dos transtornos causados pela falta de luz, os comerciantes também enfrentam prejuízos. Restaurantes, bares e outros estabelecimentos não puderam abrir as portas no fim de semana, enquanto moradores tiveram carros danificados por quedas de árvores e prédios sofreram danos causados pela força do vento.
As chuvas provocaram ao menos sete mortos em São Paulo, incluindo vítimas fatais em acidentes causados pela tempestade, como queda de árvores e colapso de muros. A situação gerou repercussões políticas, com trocas de acusações entre autoridades locais e representantes da empresa concessionária de energia.
Governantes estaduais e municipais criticaram a Enel e pediram o fim do contrato com a empresa. A Aneel, agência responsável por fiscalizar o setor de energia, também alertou sobre a possibilidade de retirar os direitos de concessão da companhia. A população aguarda pela normalização do serviço de energia elétrica e por medidas efetivas para evitar novos transtornos.