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Senador critica presença de ministros do STF em evento patrocinado pela JBS na Itália e pede informações ao tribunal

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) fez duras críticas à participação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e do ministro Dias Toffoli em um evento na Itália promovido pelo grupo Esfera Brasil. O evento, que teve como um dos patrocinadores o grupo JBS, levantou preocupações sobre possíveis conflitos de interesse, uma vez que há ações envolvendo a empresa em questão no próprio STF.

Em seu pronunciamento nesta segunda-feira (14), Girão destacou a gravidade da situação, questionando a postura dos ministros em participar de eventos patrocinados por empresas com processos em andamento na Suprema Corte. O senador ressaltou a necessidade de transparência e ética por parte dos membros do Judiciário, enfatizando que a conduta dos ministros em questão levanta questionamentos sérios sobre a imparcialidade de suas decisões.

Além disso, Girão também criticou a postura de Barroso em relação a propostas aprovadas pela Câmara dos Deputados que visam limitar os poderes do STF e ampliar as possibilidades de impeachment dos ministros. Para o senador, o presidente do Supremo demonstra ser um “ativista político e ideológico”, o que compromete a imparcialidade e a neutralidade que são esperadas de um cargo tão importante.

O parlamentar reiterou sua cobrança pela análise de pedidos de impeachment contra ministros do STF, ressaltando que já havia apresentado um pedido de impedimento contra Barroso em 2022. Além disso, ele criticou o ministro Alexandre de Moraes por supostos abusos de autoridade, citando casos de retaliação contra jornalistas e cidadãos que expressam opiniões divergentes.

Diante desse cenário controverso, Girão enfatizou a necessidade de uma ação enérgica por parte do Senado, destacando a urgência em investigar e responsabilizar possíveis excessos cometidos pelos membros do Judiciário. O senador alertou para a gravidade da situação atual e ressaltou a importância de resgatar a confiança da população nas instituições brasileiras.

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