Protestos de moradores atingidos pelo apagão na Grande São Paulo chamam atenção para falta de energia: manifestações seguem na região.

Os moradores da Grande São Paulo que estão sofrendo com o apagão que já dura três dias decidiram protestar nesta segunda-feira (14) para chamar a atenção para a falta de energia elétrica em suas casas. Na zona sul da capital paulista, moradores do Campo Limpo atearam fogo em madeiras e fecharam a rua Domingos de Góes para manifestar sua insatisfação com a situação. No Valo Velho, também na zona sul, os moradores fizeram uma passeata exigindo o restabelecimento da energia.

Na Lapa, zona oeste da capital, vizinhos se reuniram na rua Tomé de Souza para demonstrar sua indignação com o apagão. Em São Bernardo do Campo, na avenida Caminho do Mar, a Polícia Militar precisou intervir para conter os manifestantes que bloqueavam a via em protesto. Da mesma forma, em Diadema, a PM teve que intervir para liberar uma rua fechada por manifestantes.

O apagão teve início na sexta-feira (11) e, após três dias, mais de 537 mil imóveis seguem sem luz no estado de São Paulo. A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia em 24 municípios da região metropolitana, informou que o serviço foi normalizado para 1,5 milhão de clientes e que equipes foram reforçadas com profissionais do Rio de Janeiro e do Ceará. A empresa também se comprometeu a contratar mais 700 eletricistas para tentar resolver o problema.

Na capital paulista, a falta de energia afeta 354 mil imóveis, causando prejuízos também em municípios como Cotia, Taboão da Serra e São Bernardo do Campo. Os problemas no fornecimento de energia impactam o funcionamento de estações elevatórias e boosters, afetando o abastecimento de água em locais mais altos.

Consumidores e empreendedores que sofreram prejuízos com o apagão podem solicitar indenização, desde que comprovem os danos causados pela falta de energia. Especialistas em direito do consumidor orientam a encaminhar as reclamações diretamente para a companhia de energia responsável, com prazo de até 90 dias para obter uma resposta.

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