Presidente determina auditoria da CGU para investigar apagão em São Paulo que deixa milhares sem energia; Enel tem 3 dias para restabelecer serviço

Após um apagão de energia elétrica que afetou a região metropolitana de São Paulo, deixando milhares de imóveis sem luz, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a Controladoria Geral da União (CGU) realizasse uma auditoria para apurar as responsabilidades pelo ocorrido. Até a última atualização da Enel, concessionária responsável pela região, cerca de 400 mil unidades consumidoras ainda estão sem energia desde a última sexta-feira (12), devido às fortes chuvas e vendavais que atingiram o estado.

Em uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, explicou que a investigação busca determinar e dimensionar as falhas que levaram ao apagão, incluindo a fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da própria agência do estado de São Paulo, bem como possíveis manipulações por parte da empresa Enel para ocultar falhas.

Além da capital paulista, cidades como Taboão da Serra, Cotia e São Bernardo do Campo também estão sofrendo com a interrupção do serviço de energia elétrica, afetando até mesmo o abastecimento de água em algumas regiões devido ao desligamento de bombas de abastecimento da Sabesp. O governo federal anunciou que cobrará da Enel o ressarcimento pelos prejuízos causados pelo apagão, incentivando os consumidores a guardarem notas fiscais de equipamentos danificados.

O secretário Nacional de Direito do Consumidor, Wadih Damous, orientou os consumidores prejudicados a requererem o ressarcimento à empresa e anunciou que a Senacon notificou a Prefeitura de São Paulo para fornecer informações sobre o serviço de poda de árvores na cidade, que contribuiu para a queda de postes e fios durante a tempestade. A Enel alega que, em algumas regiões, depende da retirada de árvores caídas para restabelecer o serviço de energia.

A Senacon também se reunirá com o Procon de São Paulo para orientar os consumidores afetados e exigirá da Enel um prazo de até 3 dias para restabelecer totalmente o serviço de energia na região metropolitana. Diante do cenário de caos provocado pelo apagão, o governo federal se mostra ativo na busca por soluções e ressarcimentos para os prejudicados.

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