Petrobras aguarda resposta do Ibama para iniciar perfuração de poço exploratório na Foz do Amazonas no Amapá em 2024.

A Petrobras está confiante de que finalmente obterá a autorização necessária para iniciar a perfuração de um poço exploratório no bloco 59 da bacia da Foz do Amazonas, localizado na costa do Amapá. A empresa afirma ter cumprido todas as exigências ambientais e aguarda uma resposta do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) até o final de 2024.

De acordo com a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, todas as questões levantadas pelo Ibama foram abordadas e não existem mais argumentos para negar a licença. O ponto de discussão atual é a estrutura de resgate de animais em caso de vazamento de petróleo, com a proposta inicial de estabelecer a unidade em Belém e, posteriormente, alterada para Oiapoque.

A autorização para a atividade foi negada pelo Ibama em 2023, resultando em um recurso apresentado pela Petrobras. Apesar do prazo para exploração do bloco ter expirado em agosto, a empresa conseguiu uma prorrogação concedida pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

A Petrobras enfatiza que já foram resolvidas duas das três questões divergentes, restando apenas a análise do plano de proteção à fauna. A empresa propôs a instalação de uma unidade de despetrolização e reabilitação de animais em Oiapoque, além de embarcações dedicadas ao resgate de animais na região.

Internamente, a Petrobras questiona a demora do Ibama em emitir um parecer sobre a nova proposta, enquanto há críticas sobre o tempo que a empresa levou para apresentar as medidas adicionais. No entanto, há uma expectativa de que a licença seja concedida eventualmente, com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A empresa destaca que nunca teve acidentes em perfurações de poços em águas profundas e propõe uma estrutura de emergência inédita para o projeto. A expectativa é de que a análise seja concluída ainda em 2024 e a Petrobras possa dar início às atividades de exploração na região.

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