De acordo com a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, todas as questões levantadas pelo Ibama foram abordadas e não existem mais argumentos para negar a licença. O ponto de discussão atual é a estrutura de resgate de animais em caso de vazamento de petróleo, com a proposta inicial de estabelecer a unidade em Belém e, posteriormente, alterada para Oiapoque.
A autorização para a atividade foi negada pelo Ibama em 2023, resultando em um recurso apresentado pela Petrobras. Apesar do prazo para exploração do bloco ter expirado em agosto, a empresa conseguiu uma prorrogação concedida pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).
A Petrobras enfatiza que já foram resolvidas duas das três questões divergentes, restando apenas a análise do plano de proteção à fauna. A empresa propôs a instalação de uma unidade de despetrolização e reabilitação de animais em Oiapoque, além de embarcações dedicadas ao resgate de animais na região.
Internamente, a Petrobras questiona a demora do Ibama em emitir um parecer sobre a nova proposta, enquanto há críticas sobre o tempo que a empresa levou para apresentar as medidas adicionais. No entanto, há uma expectativa de que a licença seja concedida eventualmente, com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A empresa destaca que nunca teve acidentes em perfurações de poços em águas profundas e propõe uma estrutura de emergência inédita para o projeto. A expectativa é de que a análise seja concluída ainda em 2024 e a Petrobras possa dar início às atividades de exploração na região.