A situação mais crítica continuava sendo na capital paulista, que registrava 552 mil clientes sem energia. Além disso, outras cidades da região metropolitana também enfrentavam problemas, como São Bernardo do Campo, Cotia e Taboão da Serra, que somavam cerca de 175 mil clientes sem luz.
A Enel reportou que mais de 1.600 técnicos estavam trabalhando para solucionar o problema, com apoio de profissionais de outras regiões do país. A empresa foi duramente criticada pela demora na resolução do incidente, gerando insatisfação por parte dos consumidores e autoridades locais.
Tanto o governador Tarcísio de Freitas quanto o prefeito Ricardo Nunes manifestaram a intenção de romper o contrato com a Enel, e a Aneel, agência responsável pela regulação do setor elétrico, ameaçou retirar a concessão da empresa.
O cenário de caos e prejuízos era evidente em diversos pontos da cidade, com relatos de comerciantes como o dono de um bar na Barra Funda, que deixou de vender refeições devido à falta de energia. Moradores também enfrentavam dificuldades, como um idoso diabético que precisava manter sua insulina refrigerada e teve que improvisar soluções devido à interrupção no fornecimento de eletricidade.
O episódio coloca em xeque a capacidade da Enel de lidar com situações de emergência e levanta questionamentos sobre a qualidade dos serviços prestados pela concessionária no estado de São Paulo. Espera-se que medidas sejam adotadas para evitar recorrências desses problemas e garantir um fornecimento de energia mais estável e confiável aos consumidores paulistas.