De acordo com a Fhoresp, a decisão de acionar judicialmente a Enel se justifica pelos danos financeiros que os estabelecimentos enfrentaram. Além disso, a entidade ressaltou que os prejuízos tendem a ser ainda maiores nos finais de semana, devido ao aumento do fluxo de consumidores. No apagão ocorrido em novembro do ano passado na região, o setor calculou perdas de aproximadamente R$ 500 milhões.
Após 24 horas do temporal que atingiu São Paulo, cerca de 1,35 milhão de clientes continuavam sem energia elétrica na noite de sábado. Os ventos registrados na sexta-feira, que superaram os 107 km/h, foram os mais fortes desde 1995, de acordo com a Defesa Civil do estado. A Enel não estabeleceu um prazo para a normalização do serviço e os bairros mais afetados foram Jardim São Luís, Vila Andrade, Jardim Vaz de Lima, Jardim Mariane, Pedreira, Campo Limpo, Jabaquara, Santo Amaro, Ipiranga, Pinheiros e Vila Andrade.
Por sua vez, o Procon de São Paulo também entrou em ação, informando que notificará a Enel devido à demora na resolução do problema. O órgão exigirá da empresa um plano detalhado para lidar com eventos climáticos adversos e terá um prazo de 48 horas para responder às solicitações. O Procon-SP poderá adotar outras medidas fiscalizatórias caso necessário.
Assim, a situação segue preocupante para os estabelecimentos comerciais e consumidores afetados pelo apagão em São Paulo, conforme as entidades representativas buscam justiça e soluções para a crise energética vivenciada na região.