Um exemplo disso é o comerciante Davi Lin, que teve que contratar um gerador por R$ 6.000 a cada oito horas para manter seu mercado na alameda Eduardo Prado funcionando. Além disso, ele estima um prejuízo de R$ 3.000 com os alimentos que precisou descartar devido à falta de refrigeração.
Da mesma forma, moradores de um edifício residencial próximo ao mercado também estão sofrendo com a falta de luz, que impactou até mesmo o abastecimento de água, já que a bomba parou de funcionar.
Outro caso emblemático é o do restaurante argentino em Pinheiros, onde a cozinha teve que ser transferida para a rua, com carnes sendo assadas em uma grelha improvisada. O prejuízo estimado pelo proprietário chega a R$ 30 mil, devido à exclusão de itens do cardápio e à necessidade de manter alimentos refrigerados em sua residência.
No entanto, o cenário não é o mesmo para todos os estabelecimentos afetados pelo apagão. O restaurante Sururu, especializado em frutos do mar, contabiliza um prejuízo que ultrapassa os R$ 100 mil por não ter conseguido abrir durante o período de falta de energia.
A situação se agrava quando se considera que ainda há mais de 885,9 mil clientes da Enel sem energia em São Paulo neste domingo, segundo informações do governo estadual. Diante disso, medidas estão sendo cobradas das autoridades responsáveis para garantir que o serviço seja totalmente restabelecido e investigações estão sendo realizadas para apurar as responsabilidades das empresas envolvidas. O Procon-SP também está atento à situação e irá notificar a Enel para esclarecer a demora na volta da energia.
Em meio a esse cenário de prejuízos e impactos para a população, a cidade de São Paulo enfrenta um desafio para recuperar a normalidade e garantir o funcionamento adequado dos serviços essenciais. A resiliência e a busca por soluções emergenciais se tornam fundamentais para minimizar os danos causados pelo apagão prolongado.