Repórter São Paulo – SP – Brasil

Brasil desperdiça bilhões com descarte inadequado de resíduos perigosos, impactando ambiente e saúde dos cidadãos

A questão do descarte inadequado de resíduos sólidos urbanos comuns vem sendo cada vez mais discutida no Brasil, principalmente diante do impacto ambiental e à saúde causados por essa prática. No entanto, além desses resíduos, existe uma categoria ainda mais perigosa: os resíduos perigosos. Esses resíduos, definidos pela legislação brasileira como materiais inflamáveis, corrosivos, tóxicos ou capazes de causar danos à saúde, requerem um tratamento e descarte específico.

Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos de 2010, os resíduos perigosos devem ser coletados e tratados de acordo com as diretrizes estabelecidas. Produtos como medicamentos, pilhas, baterias, embalagens de agrotóxicos, lâmpadas fluorescentes e produtos eletrônicos são considerados resíduos perigosos e devem ser descartados de forma correta para evitar danos ao meio ambiente e à saúde.

Neste Dia Mundial do Lixo Eletrônico, é importante destacar a importância da correta destinação desses resíduos. Uma pesquisa recente revelou que mais da metade dos brasileiros descartam resíduos perigosos no lixo comum ou no lixo reciclável, o que aumenta significativamente os riscos de contaminação.

A logística reversa, sistema no qual os fabricantes são responsáveis pelo descarte adequado dos produtos após o uso pelo consumidor, é fundamental para o gerenciamento de resíduos perigosos. No entanto, ainda há desafios como a falta de informação sobre o descarte correto e a insuficiência de pontos de coleta e reciclagem em diversas regiões.

Empresas e entidades especializadas têm buscado soluções para a gestão desses resíduos, promovendo a conscientização e a implementação de sistemas eficazes de logística reversa. No entanto, é necessário um maior engajamento da sociedade e das empresas para garantir a destinação correta dos resíduos perigosos e a preservação do meio ambiente.

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