A Enel teve uma resposta considerada abaixo do esperado pela Aneel, que ainda não tem um prazo definido para restabelecer completamente o fornecimento de energia aos consumidores afetados na cidade de São Paulo e região metropolitana. A agência federal e a Arsesp se reuniram com empresas distribuidoras de energia, como Enel São Paulo, Neoenergia Elektro e outras, para discutir a situação.
A demora da Enel para colocar 2.500 agentes em campo para restabelecer o serviço levou a críticas, já que até o momento há apenas 1.700 agentes em campo. O diretor-presidente da Enel se comprometeu a completar o contingente nesta segunda-feira (14). A Aneel considerou a resposta da empresa não tão eficiente quanto o esperado, levando mais tempo do que em eventos passados para retomar o serviço.
A situação gerou atrito político, com trocas de acusações entre autoridades federais e municipais. O prefeito Ricardo Nunes e o governador Tarcísio de Freitas criticaram a condução federal da crise, enquanto o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, convocou a Aneel a apresentar um plano de contingência para São Paulo. A Enel também é alvo de críticas por parte de Guilherme Boulos e Ronaldo Bolsonaro.
Diante da situação, o Procon-SP notificará a Enel para explicar a demora na volta da energia. A empresa informou que está mobilizando técnicos de outras regiões do Brasil para resolver o problema. A Aneel estima que 2,6 milhões de consumidores foram afetados, com 2,1 milhões localizados na área de concessão da Enel. A concessionária afirmou que a energia foi restabelecida para 1,4 milhão de clientes, mas quase 700 mil ainda continuam sem luz, sem previsão de retorno.