O relatório divulgado nesta quinta-feira (10) também apontou que 2024 se destacou como o ano mais violento da série histórica, com um total de 518 incidentes, incluindo 10 assassinatos, 100 atentados, 138 ameaças, 54 agressões, 51 ofensas, 13 criminalizações e sete invasões. A média diária de vítimas de violência política durante o primeiro turno foi de sete casos, representando um aumento significativo em relação ao pleito de 2022, no qual foram registrados aproximadamente 2 casos por dia.
Um dos dados mais alarmantes revelados pela pesquisa é o fato de que mais de 40% dos assassinatos no ano de 2024 ocorreram durante o período eleitoral. Além disso, as estatísticas apontam para uma disparidade preocupante nos casos de violência contra pessoas negras e mulheres. Das oito vítimas fatais negras registradas, 40% ocorreram durante as eleições, enquanto as mulheres representaram 35% dos casos, com destaque para ameaças como principal tipo de violência praticada contra elas.
Outro aspecto relevante abordado no relatório são os vazamentos de vídeos íntimos e a divulgação de montagens de nudez envolvendo candidatas, evidenciando o machismo e a misoginia presentes no processo eleitoral. Quanto à distribuição geográfica dos casos de violência política, estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Bahia, Pará, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná foram os mais afetados.
Diante desse cenário preocupante, torna-se fundamental que medidas efetivas sejam adotadas para garantir a segurança e integridade dos candidatos e eleitores, visando preservar a democracia e promover um ambiente político saudável e pacífico.