Esse crescimento na cidade de São Paulo é o dobro da média nacional, destacando o aquecimento do mercado automobilístico no cenário econômico atual. A alta nos emplacamentos reflete a estabilização do mercado de veículos, com um bom volume de vendas, conforme apontou José Maurício Andreta Jr, presidente da Fenabrave.
Além disso, o aumento do tempo gasto no transporte coletivo e a preferência pelo transporte individual, como serviços de aplicativos de transporte, têm influenciado diretamente na decisão de compra de carros e motos. Uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo revelou que os passageiros de ônibus, metrô e trem têm perdido em média duas horas e 47 minutos por dia em seus trajetos.
Diante desse cenário, o debate sobre soluções para melhorar a mobilidade urbana na cidade se intensifica. Especialistas apontam a necessidade de investimento em transporte coletivo, reorganização da ocupação do solo para reduzir deslocamentos e a implantação de faixas exclusivas para ônibus como medidas fundamentais para aliviar o trânsito.
Os candidatos que disputam o segundo turno das eleições para a prefeitura de São Paulo também apresentaram propostas para lidar com o problema do trânsito na cidade. Enquanto o atual prefeito, Ricardo Nunes, promete mais faixas azuis para motocicletas e a expansão do transporte aquático, Guilherme Boulos, do PSOL, prioriza o transporte coletivo e a construção de mais corredores de ônibus.
Com um mercado automobilístico aquecido e desafios crescentes na mobilidade urbana, as soluções para o trânsito em São Paulo se tornam cada vez mais urgentes e debatidas no contexto político e social da cidade.
