O caos energético foi desencadeado por chuvas e ventos fortes que começaram na noite de sexta-feira, resultando em 2,1 milhões de consumidores sem luz em oito bairros da grande São Paulo. A Enel informou que, até a tarde de sábado, 1,45 milhões de clientes ainda estavam sem energia.
O ministro Silveira não poupou críticas à atuação da Aneel, apontando falhas na fiscalização da Enel e classificando a distribuidora como “ineficiente recorrente” em diversas áreas de concessão. Ele ressaltou que não está nos planos renovar a concessão da distribuidora e evidenciou a falta de apuração adequada por parte da agência reguladora.
Para garantir a qualidade do serviço e aumentar os investimentos no setor, foi editado um decreto com critérios mais rigorosos para avaliação do desempenho das concessionárias. A Aneel também se pronunciou, afirmando que intimará a Enel a apresentar justificativas para o apagão e propondo uma “adequação” em seu serviço de distribuição.
Caso a Enel não apresente uma solução satisfatória, poderá ser iniciado um processo para abreviar a concessão junto ao Ministério de Minas e Energia, que se estende até 2028. A CNN entrou em contato com a Enel para obter mais informações sobre o caso e aguarda retorno.