Falta de energia atinge mais de 2 milhões de residências na Grande São Paulo e governantes criticam Enel por demora no restabelecimento

A falta de energia que atingiu mais de 2 milhões de residências na Grande São Paulo foi motivo de críticas por parte dos representantes dos governos federal, estadual e municipal neste sábado (12). O governador Tarcísio de Freitas e o prefeito Ricardo Nunes foram unânimes em solicitar o fim do contrato com a concessionária Enel, responsável pela distribuição de energia na região.

Durante um contato direto com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Tarcísio cobrou medidas contra a Enel, enfatizando a demora no restabelecimento do fornecimento de energia em São Paulo após uma tempestade. Em um evento anterior, a cidade ficou sem luz por até seis dias. O governador também reclamou que, mesmo após um ano do último incidente, nenhuma ação foi tomada contra a concessionária.

Por sua vez, o prefeito Ricardo Nunes foi ainda mais enfático em suas críticas à Enel, chegando a chamar a empresa de “inimiga do povo de São Paulo”. Ele atribuiu a falta de luz à ineficiência da companhia e expressou o desejo de que a cidade possa se livrar da empresa o mais breve possível.

Especialistas consultados pela reportagem indicaram que, em situações extremas, a Aneel pode propor a caducidade do contrato de distribuição unilateralmente. No entanto, é importante lembrar que as concessões de energia elétrica são de responsabilidade federal, cabendo à União o poder concedente desse serviço.

Após o apagão de novembro do ano passado em São Paulo, a Enel foi alvo de muitas críticas do governo federal. No entanto, a empresa anunciou investimentos e medidas para melhorar o atendimento durante eventos extremos, o que foi bem recebido pela gestão do governo Lula. Mesmo após a nova crise energética, a Enel reafirmou seu compromisso com a qualidade do serviço e informou que está trabalhando para restabelecer a energia para os clientes afetados.

Diante da situação, a Aneel adotou uma postura mais dura e intimou a Enel a apresentar justificativas e propostas de adequação imediata do serviço. Caso a empresa não cumpra as exigências, a concessão poderá ser retirada. O Ministério de Minas e Energia também se posicionou contra a renovação da concessão da distribuidora em São Paulo.

Em meio às críticas e cobranças, a Enel se comprometeu a investir na qualidade do serviço e destacou que está empenhada em restabelecer o fornecimento de energia para todos os clientes afetados. O temporal que atingiu a cidade foi classificado como um “evento climático extremo” que danificou 17 linhas de alta tensão.

Dessa forma, a população aguarda por uma solução rápida e efetiva por parte da Enel e das autoridades responsáveis, a fim de evitar novos transtornos e garantir um serviço de energia elétrica de qualidade para todos os residentes da Grande São Paulo.

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