Mulheres negras reeleitas para a Câmara de São Paulo atuam de lados opostos na política partidária, mas buscam representatividade.

Duas mulheres negras foram reeleitas para a Câmara Municipal de São Paulo, são elas Luana Alves (PSOL) e Sonaira Fernandes (PL), que apesar de compartilharem a mesma origem étnica, possuem bandeiras políticas distintas.

Luana Alves, psicóloga formada pela Universidade de São Paulo (USP), tem como principais banderias os movimentos negro, feminista e LGBTQIA+. Uma de suas principais plataformas é a educação popular nas periferias por meio de cursos pré-universitários gratuitos. Em sua reeleição, Luana mais que dobrou sua votação, saltando de 37.550 para 83.262 votos, sendo a oitava mais votada neste pleito.

Durante o mandato, Luana aprovou leis de combate à violência obstétrica, valorização dos trabalhadores da saúde e capacitação aos professores para promoção da igualdade racial. Ela destacou a importância de ser uma vereadora de oposição, especialmente como mulher preta, e celebrou os avanços conquistados nessas áreas.

Por outro lado, Sonaira Fernandes, que defende pautas voltadas para a liberdade econômica dos pequenos empreendedores e trabalhadores, da família, da fé e dos princípios cristãos, teve um aumento expressivo em sua votação, saindo de 17.881 votos em 2020 para 33.957 neste ano.

Apesar das diferenças políticas, tanto Luana quanto Sonaira destacaram a importância da representatividade feminina na política e ressaltaram a desigualdade existente nesse meio. Ambas fizeram história ao se tornarem as primeiras mulheres negras a serem reeleitas para a Câmara Municipal de São Paulo, segundo dados do TRE.

A trajetória dessas vereadoras reforça a importância da diversidade e da representatividade no cenário político brasileiro, colocando em evidência a luta contínua pela igualdade e pelo reconhecimento das diferentes vozes e realidades presentes na sociedade.

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