Mulher é condenada por fraudar dados e receber pensão indevida por 33 anos em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

A Justiça Militar e o Tribunal de Contas da União condenaram uma mulher em Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul, por fraudar informações para receber uma pensão de forma indevida por 33 anos. Ana Lúcia Umbelina Galache de Souza, de 55 anos, teria se passado por filha de um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial para obter o benefício, quando na verdade era sobrinha-neta do ex-militar, conforme apontam os processos.

A condenação do Tribunal de Contas da União foi realizada recentemente, enquanto a decisão da Justiça Militar data do ano passado. A Defensoria Pública da União, responsável por representar a mulher no caso da Justiça Militar, alegou que Souza não teve a intenção de cometer irregularidades e que faltam provas para a condenação. Um recurso foi protocolado no Superior Tribunal Militar, aguardando julgamento.

A Justiça Militar determinou uma pena de três anos e três meses de prisão para Souza, além do pagamento de R$ 3.723.344,07 como reparação ao dano causado à União. Já o Tribunal de Contas da União condenou a mulher a um débito de R$ 3.194.516,77, multa e inabilitação para cargos públicos de confiança por oito anos.

Segundo as investigações, Ana Lúcia utilizou documentos falsos para se passar por filha do ex-militar e receber a pensão desde 1988. A fraude teria sido auxiliada pela avó da acusada, que dividia o benefício. O esquema teria começado com uma certidão de nascimento falsa e perdurado por mais de três décadas.

A avó, antes de falecer, denunciou a irregularidade à Polícia Civil em 2021, revelando a verdadeira identidade de Ana Lúcia. Em seu depoimento à Justiça, a acusada alegou que a denúncia foi motivada por uma dívida cobrada pela avó. O Exército, responsável pelo pagamento da pensão, preferiu não comentar sobre o caso.

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